sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Interdisciplinar: A Saúde do Homem.

FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DO AMAPÁ

ALEX RAIMUNDO DA CONCEIÇÃO SILVA
ALZIRA JAMAIRA FAGUNDES DA SILVA
ANTONIO MONTEIRO DO CARMO
DANIELE DOS SANTOS VAZ
LARISSA RAFAELLA DOS SANTOS SALES
LUANY CARREIRO FERREIRA
LUCILANDO CELESTINO DE SOUZA
VINICÍUS RUFINO LIMEIRA


CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: Que medidas o Poder Público deve adotar para que o homem reconheça a necessidade de cuidar de sua saúde?

MACAPÁ
2010

Trabalho interdisciplinar apresentado as disciplinas, Direito Penal I; Direito Civil I; Ciência Política e Teoria Geral do Estado; Sociologia Jurídica e Judiciária; Teoria e Prática da Narrativa Jurídica e Metodologia Científica, sob a orientação da Professora Alzira Nogueira, como requisito avaliativo da turma DI1202T do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Sá que computará notas de prova para AV2.

RESUMO

O referido trabalho interdisciplinar, cujo tema é a “Construção da cidadania e políticas públicas”, abordou o sub tema “A Saúde do Homem”, e teve como foco a problemática: Que medidas o poder público deve adotar para que o homem reconheça a necessidade de cuidar de sua saúde? Números do Ministério da Saúde mostram que, do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos, 68% foram de homens. Foram entrevistados, em forma de questionários, quarenta homens na faixa etária de 25 a 60 anos. O resultado concluiu a existência de direitos legais como a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996; a Lei nº 10.289, de 20 de setembro de 2001; a Portaria nº 467 MS/SAS, de 20 de agosto de 2007. ; a Portaria nº. 1.944/MS de 27 de agosto de 2009;e como programa governamental, a existência da Política de Atenção Integral à Saúde do Homem/MS/2008.

Palavras - chave: saúde, direitos legais; resposta institucional e comportamento do homem.

I- INTRODUÇÃO
A “Construção da cidadania e políticas públicas” estudado como tema principal deste trabalho, exige do cidadão o conhecimento mínimo sobre seus direitos e a obrigação dos órgãos constitucionais na concessão de tais benefícios. “A Saúde do Homem”, especialmente, anseia por melhor cuidado e atenção, originando assim a referida pesquisa: Que medidas o poder público deve adotar para que o homem reconheça a necessidade de cuidar de sua saúde?
Justifica-se tal iniciativa a partir dos números do Ministério da Saúde cujo total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos, 68% foram de homens. Buscaram-se informações através dos dados coletados por entrevistas (pesquisa de campo) conhecer a realidade e o comportamento de homens enquadrados na referida faixa etária a cerca de sua saúde, tendo como parâmetro o método dedutivo.

II – PRESSUPOSTOS SOBRE O TEMA
Existe uma imagem consolidada de que homem tem que agüentar qualquer “tranco”. Desde pequeno, ele aprende que “homem não adoece”. Adoecer está associado à idéia de fragilidade que é incompatível com a imagem do ser forte, poderoso e vencedor predominante na nossa sociedade e disseminado especialmente entre os mais velhos.
Na maioria das vezes, os homens recorrem aos serviços de saúde apenas quando a doença está mais avançada. Assim, em vez do atendimento num posto de saúde próximo à sua casa, eles precisam de um especialista, o que gera maior custo para o SUS e, sobretudo, sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família.
Além disso, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92 anos de 1991 para 2007, ela ainda se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres.

Revisão de Literatura
Este texto cujo tema “Construção da cidadania e políticas públicas” apresenta uma discussão a respeito da Saúde do Homem e a necessidade de implantar um sistema de gestão de saúde voltado para a classe masculina nos órgãos da Administração Pública. Efetua-se breve descrição sobre a forma como o homem monitora seu corpo, bem como as práticas adotadas por ele para manter-se com saúde.

Destaca-se a criação, através do (MS), do programa: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem que pretende instaurar uma nova cultura na sociedade em geral, visando melhorar a qualidade de vida, bem como aumentar a longevidade da classe masculina. Evidencia-se que para o êxito e efetivação das propostas será decisivo o apoio da família, além da conscientização e força de vontade do próprio homem.

Diferenciais na saúde do homem e da mulher

Diferenciais nas características de saúde entre os sexos são bem conhecidos, sendo que a questão dos determinantes biológicos e daqueles ligados ao gênero foi amplamente comentada para os países da Região das Américas (Laurenti ET al., 1998). A maioria dos indicadores tradicionais de saúde mostra, com clareza, a existência desse diferencial, sendo maior a mortalidade masculina em praticamente todas as idades e para quase a totalidade das causas; também as esperanças de vida ao nascer e em outras idades são sempre menores entre os homens. No Brasil, essas diferenças, que eram de aproximadamente cinco anos, durante as décadas anteriores a 1980, elevaram-se nas décadas seguintes, sendo que, para 2001, as mulheres tinham maior sobrevida de oito anos, em relação à esperança de vida masculina (respectivamente, 73 e 65 anos).
Ainda que os indicadores de mortalidade evidenciem situações desfavoráveis para os homens, os referentes à morbidade, medidos pela demanda aos serviços e por inquéritos populacionais, destacam, de uma maneira geral, maior freqüência para as mulheres. Não há dúvida de que existem alguns determinantes biológicos para as heterogeneidades encontradas, como por exemplo, a grande sobre mortalidade masculina por complicações da aterosclerose coronária. De outra parte, há agravos à saúde, ligados a comportamentos específicos do homem e da mulher, que dependem de fatores culturais e, de uma maneira geral, sociais.

Determinantes da saúde do homem

As transformações nos padrões de saúde/doença constituem-se em uma das características do século 20, estando associadas às mudanças na estrutura etária populacional. Para a análise da saúde do homem, no Brasil, no presente momento, é preciso invocar as transições demográficas e epidemiológicas, com o conseqüente envelhecimento populacional e alterações no panorama das doenças. No que tange ao homem, verifica-se que a diminuição da sua mortalidade foi mais lenta e sempre menor que a observada no sexo feminino; como decorrência, atualmente, a vida média masculina é comparativamente menor em todas as regiões do Brasil. É de se destacar, e de grande interesse para a saúde, que a proporção de idosos é menor entre os homens. No País, em 2001, 7,8% do total de homens estavam na faixa etária igual a 60 e mais anos e 0,9% tinham no mínimo 80 anos; para as mulheres esses valores foram maiores, respectivamente, iguais a 9,3% e 1,3%.
A transição epidemiológica, após a demográfica, caracteriza-se, de um lado, pelo decréscimo da mortalidade infantil, em decorrência da queda acentuada das doenças infecciosas e, do outro, pela elevação dos coeficientes por doenças não-infecciosas, particularmente, cardiovasculares, neoplasias malignas e diabetes (Laurenti, 1990). O Brasil, do ponto de vista da saúde de sua população, apresenta o paradoxo de conviver, ao mesmo tempo, com situação predominante nos países desenvolvidos (doenças não-infecciosas) e com doenças já vencidas há décadas, como várias doenças infecciosas, além, ainda, de altos valores da mortalidade infantil, em algumas áreas. Bobadilha et al. (1993) discutem as transformações ocorridas e que resultaram de complexa interação de vários fatores com atuação marcante na saúde da população humana. Alguns desses influenciaram muito mais a saúde do homem do que da mulher, o que é válido para o homem brasileiro e suas características atuais de saúde. Waldman (2000) comenta que essas transformações, positivas em muitos pontos, trouxeram também novos desafios cujas soluções ainda aguardam equacionamento adequado. São exemplos desse desafio: o envelhecimento da população, ampliação da morbi-mortalidade decorrente da violência, da exposição aos riscos ambientais, de causas associadas às mudanças de estilo de vida e ao comportamento e as alterações das características das doenças infecciosas.
Em relação ao câncer de próstata, a mortalidade vem aumentando em várias regiões das Américas, atingindo, algumas vezes, o terceiro e mesmo o segundo lugar entre os cânceres mais freqüentes no sexo masculino. Entretanto, aparentemente, não existe tanto interesse das autoridades sanitárias em estabelecer atividades educativas voltadas para essa causa e, quando existem, os homens não são sensíveis a elas. Esse comportamento é diferente daquele verificado entre as mulheres com relação à adesão a programas para a detecção precoce dos cânceres de mama e do colo de útero.
Essa alta morbidade de demanda, diante da baixa mortalidade, que pode parecer paradoxal, tem sido descrita, também, em inquéritos de morbidade, em particular nos Estados Unidos, onde foi mostrado que as mulheres apresentavam maior incidência de episódios agudos de doenças, maior tempo de restrição de atividades por doenças, maior número de internações hospitalares, de visitas a médicos, bem como, maior número de dias que permaneceram acamadas por doença (Adams & Benson, 1990).

Mortalidade masculina - Aspectos gerais

John Graunt, em 1662, apresentou pela primeira vez dados sobre mortalidade e mostrava o que ocorria com os homens e com as mulheres, na população que morria em Londres. Desde então, foi o primeiro a descrever a sobre mortalidade dos homens. À medida que outras cidades, regiões ou países passaram a elaborar suas estatísticas de mortalidade, o mesmo fato foi constatado, tornando-se, até hoje, uma constante. A maior mortalidade masculina é observada não somente quanto aos números absolutos e respectivos coeficientes, mas também quanto a causas. Excetuando-se as doenças próprias ou específicas do sexo, para praticamente todas as causas, são maiores os coeficientes masculinos, sendo tal fato observado em todas as idades. Murray et al. (1992) calcularam a probabilidade de morte de adultos em ambos os sexos e em diferentes grupos etários.
Para as doenças não transmissíveis, os valores encontrados foram, respectivamente, 12,92% e 8,04% e, para causas externas, 4,07% e 1,11%.

Alguns agravos importantes na saúde do homem

Ao serem abordados aspectos da saúde masculina, as atuações da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e do alcoolismo necessitam ser comentadas. A AIDS, desde o seu início, sempre se associou ao sexo masculino e com determinados comportamentos de risco. Este foi, por mais contraditório que pareça, um dos fatores que ajudou sua propagação, uma vez que as atividades preventivas foram direcionadas para grupos específicos que apresentavam comportamento de maior risco, deixando, a descoberto, outros setores da sociedade (Laurenti et al., 1998). O padrão epidemiológico da AIDS vem se alterando e, à medida que diminui a proporção de casos entre homossexuais e bissexuais, aumenta o número de indivíduos heterossexuais, o que mantém elevado o coeficiente de incidência no sexo masculino e propicia aumento de incidência no sexo feminino. A análise da transmissão do HIV, entre usuários de drogas, não encontra respaldo nas questões de gênero.
O risco da contaminação é uniforme entre usuários, na dependência, apenas, do compartilhamento de seringa e agulhas; no entanto, a droga-adição é mais freqüente entre os homens. Outro aspecto marcante na saúde masculina é o alcoolismo em suas diversas manifestações. A Organização Pan-Americana de Saúde reconheceu que o uso de álcool, assim como de outras substâncias psicoativas, cresceu de maneira significante nos países da América entre 1970 e 1980 (OPS, 1990b).
A freqüência do alcoolismo não é, ainda, bem conhecida existindo certa carência de estudos sobre o tema e os existentes referem-se a áreas restritas, sendo que seus resultados não podem ser generalizados. Um indicador importante para se avaliar o problema é a medida do efeito do alcoolismo sobre a saúde, visto por meio da freqüência da psicose alcoólica e da síndrome da dependência do álcool, dentre os transtornos mentais, e da cirrose hepática, dentre as doenças do aparelho digestivo. Tem sido usual avaliar este impacto do uso por meio da mortalidade e da morbidade hospitalar.
Comparado com outros diagnósticos, mostra que somente as violências apresentam diferenciais entre os sexos mais elevados, quer os de mortalidade, quer os de morbidade. Prevenir o alcoolismo, e com isso suas graves conseqüências, é um desafio, particularmente, em regiões mais pobres, onde o uso excessivo de bebidas alcoólicas parece fazer parte do comportamento masculino. Para programas que visem reduzir o alcoolismo, o conhecimento do problema deve englobar aspectos culturais e comportamentais que se associam ao agravo, donde a necessidade de se avaliar a questão sob enfoque de gênero.
O aspecto comportamental influi significantemente na saúde humana, sendo que a expressão estilo de vida vem sendo cada vez mais utilizada, e o estilo do homem, sob várias óticas, se diferencia daquele da mulher. A estratégia de prevenção e promoção da saúde tem de levar em conta a mudança comportamental, em toda a população, tendo em mente as diferenças de gênero em relação ao hábito de fumar, ao alcoolismo, ao tipo de dieta, ao ambiente de trabalho, à atividade física, ao peso corporal, entre outros. Fica bastante claro que a presença de muitas doenças que afetam a população, muitas vezes mais acentuadamente a masculina, tem mecanismos bastante conhecidos e aceitos cientificamente; o difícil, muitas vezes, é como incorporá-los à prática diária.

III – O CONTEXTO DA PESQUISA
3.1 – Tipos de pesquisa: questionário, pesquisas em sites.
3.2. – Métodos: Indutivo.
3.3 – Contexto : “Política de Atenção Integral à Saúde do Homem”.
3.4 – Os sujeitos: homens na faixa etária de 25 a 60 anos.
3.5 – Instrumentos de coleta de dados: formulário.

IV – DADOS COLETADOS
O resultado concluiu a existência de direitos legais como a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996; a Lei nº 10.289, de 20 de setembro de 2001; a Portaria nº 467 MS/SAS, de 20 de agosto de 2007; a Portaria nº. 1.944/MS de 27 de agosto de 2009. Existe também um programa governamental chamado: Política de Atenção Integral à Saúde do Homem/MS/2008; quanto a este último, vale salientar que ainda não foi implantado no estado do Amapá, em virtude, segundo as autoridades competentes, de problemas administrativos e que, até o final deste ano, o programa da saúde do homem será efetivado no município de Macapá. Com relação à pesquisa de campo, foi obtido o seguinte resultado: sobre plano de saúde, 81% não possuem; sobre visita médica, 35% responderam que foram ao médico uma vez, 25% foram duas vezes, 20% foram mais de duas vezes e 20%, não foram nenhuma vez; vale ressaltar que essas pessoas não procuraram o médico por conta própria, a visita se deu somente devido a caso de necessidade. Ao serem perguntados sobre a data de visita ao médico, os entrevistados disseram: 35%, há 15 anos, 25% há 7 anos e 20% há, 3 anos; os motivos da demora de irem ao médico 25% por acharem que é perda de tempo, 20% por não confiarem no médico e 10% por acharem que estão bem de saúde e 45% por falta de recursos; sobre o fato de fazerem exames de rotina, os entrevistados responderam: 45% fazem exame de rotina e 55% não fazem por acharem que não precisam; perguntados se conheciam o Programa Nacional pela saúde do homem, 80% dos entrevistados responderam que conheciam somente através da mídia (rádio e televisão).

V - CONSIDERAÇÕES FINAIS
As ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem buscam romper os obstáculos que impedem os homens de freqüentar os consultórios médicos. Entre os seus subsídios está uma pesquisa feita com sociedades médicas brasileiras e conselhos de saúde. O resultado dos dados coletados neste trabalho, apontam uma porcentagem grande de homens que não possuem plano de saúde, que nunca foram ao médico, que demoram a irem ao médico, e que não vão por falta de recursos e outros tem a certeza que não precisam. Apesar da existência de um Programa de Saúde, muitos só o conhecem através do marketing governamental havendo a necessidade urgente de execução do mesmo.

VI - REFERÊNCIAS
Saúde. Disponível em:. Acesso em outubro de 2010.
Legislação. Disponível em:. Acesso em outubro de 2010.
Saúde. Disponível em:< www.unfpa.org.br/Arquivos/homenstambemcuidam.pdf> Acesso em outubro de 2010.
Saúde. Disponível em: . Acesso em outubro de 2010.

LEIS
Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996.
Lei nº 10.289, de 20 de setembro de 2001. Disponível em:

Portarias
Portaria nº 1.944 MS/GM, de 27/08/2009. Disponível em:
Portaria nº 467 MS/SAS, de 20/08/2007. Disponível em:

Sonetos de Minha Infância (III): O circo..

Noite de Domingo: "Lambari!"
Para mim já se concretizava em vício,
Assiti tantos circos armados,
Mas henhum como este: "um risco".

E era assim todo dia;
quando faltava o dinheiro,
num descuido do vigia, a cerca pulada
lona suspensa, arquibancada, encondia-me.

Não era grande; não era rico;
Show artístico, musical: me atraíam!
A peça teatral: me conduziam!

Como se tudo fosse verdade,
Viajava, entre mágica, globo da morte...trapezistas.
Via então, a vida como um picadeiro, um rito!

Palavras ficam guardadas:"Respeitável Público!",
" e o espetáculo continua!". Mas numa eu acreditava:
"Enquanto existir criança, o circo será eterno!"

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sonetos de Minha Infância (II): Cine Paroquial.

Pelas tardes de domingo:cinema!
Centenas de revistas já lidas: manjadas!
Nos braços de vários de nós: ansiosos,
em busca de troca e venda: capaz!

Buck Jones, Zorro, Conde Drácula:
plastificadas, valiam mais.
Encontros imperdíveis: duas da tarde!
Que faziam a alegria de todos nós.

Assim se cumpria um rito,
em frente ao Cine Paroquial;
Onde se dizia: "já li, troco, escolhe!"

O cartaz do filme: descasso!
Pois dependendo do tréiller: assistia!
Confome vira no sábado, depois do catecismo.

Artistas: Kirk Douglas, Giuliano Gemma.
Revistas: Buck Jones,Tex,
preenchiam nossas vidas de sonhos e aventura!

domingo, 16 de janeiro de 2011

“O drama de Sapiranga!”

Como literatura de Cordel:

Nunca vi coisa mais linda
Do que esta tal de Internet
Pois navegar é uma arte
Que destina toda vida
O que procura nela acha
É mesmo uma maravilha!

Mas retrato o que foi lido
Por um poeta “Sapiranga”
Que naquele dia seis de janeiro
Teve a vida, aturdido
Despedido da “velha boa”
Conforme assim escrito:

Após prestar contas;
Foi embora, nosso herói
Pedalando pela orla
Como era contumaz
No entanto ninguém sabia
De sua dor tão atroz!

De repente uma dor mais forte
O torna desesperado
Sai a procura de um banheiro
Para sentir-se aliviado
Resultado de uma feijoada
Indigesta e mal conservada.

No entanto o seu drama escrito
Por nós não foi percebido
Pois esconde em suas linhas incultas,
Mazelas sociais definidas:
Desemprego, Preservação, segurança, Saúde
E o tal banheiro sumido.

Paulo Silva e Paulo Tarso
Cronista e Poeta remidos
Acrescentam-se aos comentários
Que parece divertido
Mas o que permanece ausente
É a dor do demitido

Por isso convido a todos
A um momento de união
Que intercedam por Sapiranga
Para que não fique sem pão
Senão a tal diarréia
Nunca terá fim, não.

Recorramos ao bom Camilo
Que analise a questão;
E determine a Juliana
A sua recontratação;
Façamos de nossos blogs,
A maior reivindicação!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Leia, reflita e decida:

“É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela”. Friedrich Nietzsche
“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras”. Aristóteles
“Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”. Confúcio
“Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão”. Confúcio
“O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele”. Friedrich Nietzsche
“É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil”. Friedrich Nietzsche
“Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós”. Friedrich Nietzsche
“É pelas próprias virtudes que se é mais bem castigado”. Friedrich Nietzsche
“Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos”. Friedrich Nietzsche
“Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição”. Friedrich Nietzsche
“Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Isaías 43:1).
"Eu estarei com vocês até o fim dos tempos." (Jesus Cristo)

Disponível:sitequente.com/frasesde/jesuscristo.html. Acesso : 15.01.2011.
Disponível: pensador.uol.com.br/pensamentos_filosoficos/6/. Acesso: 15.01.2011.
Disponível: estudoscristaos.com/category/pensamentos-cristaos. Acesso: 15.01.2011.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Banheiro público faz uma faaaaaaalta! Milton Sapiranga Barbosa

Postado na página de ontem do Blog de Alcinéia Cavalcante sob o título "Crônica de Sapiranga" e com o sub título citado acima, sem qualquer pretensão de critica para a referida postagem, para a qual não me sinto habilitado, pois certamente ouviria como resposta argumentos do direito constitucional da liberdade de expressão.
Mas, avaliando os comentários devidos, pois me parecem todos irônicos, o postado por Nina parece ser o mais coerente quando identificou deselegância na referida crõnica.
Ao iniciar o texto, o autor causa a falsa a impressão, de que se trataria de uma reivindicação trabalhista, pois assim relata: "No meu último dia de trabalho na Rádio Difusora de Macapá, no dia 6 de janeiro de 2011, depois de 6 meses de contrato com a velha boa, quando o relógio marcava 12 horas, me dirigi a direção do departamento comercial e junto a dona Elizamar, prestei conta do movimento financeiro da manhã, isto é, do arrecadado com as mensagens e notas que seriam divulgados no Alô Alô Amazônia daquele dia."(...), por ter sido demitido.
No entanto,segue surpreendente enredo, colocando em dúvida se merece ser classificado como Crônica, tanta ser a ausência de cuidados para um outro pedido assim registrado:(...) "Quando já estava passando em frente a Igreja Santa Inês, do Bairro do mesmo nome, tive que apressar minhas pedaladas, pois comecei a sentir fortes dores e aquela necessidade urgente e desesperada de encontrar um sanitário disponível, onde pudesse me aliviar da tremenda dor de barriga que me acometera, acho que devido a suculenta feijoada traçada na noite anterior." (...);
(...)"Pensei em procurar um local deserto onde pudesse descer a praia e de cueca entrar na água e fazer o serviço. Contudo, o movimento de pessoas, lanchas e carros pela orla, não me permitiam ficar de cuecas, além do que, eu, pensei melhor, e não quis mais aumentar a poluição fecal do Rio Amazonas, aliás, exemplo este, que poderia ser seguido por centenas e centenas de ribeirinhos e pessoas que tomam banho ou singram em suas águas nas suas embarcações."(...);(...)Pensei, com a onda de violência que assola nossa Macapá de Norte a Sul, de Leste a Oeste, se batesse em uma residência situada ao longo do percurso, certamente não seria atendido, já que as pessoas temem ser assaltadas, mesmo estando no recesso do lar, cercado por grades, de tão perigoso que está de viver em Macapá hoje em dia. No meu pedalar desesperado em busca de uma “retrete”, e que me veio a lembrança: “ Banheiro Público”.(...);(...)"Só que o aperreio pelo qual passei não acontece só nos dias de Micaretas, Feiras e outros acontecimentos festivos. Pode vir a qualquer momento, em qualquer local, quando você menos espera. E tome sufoco. O bom disso tudo, é que consegui, acho até que, batendo o recorde de velocidade para um velho de 6.5 anos de idade , e inveterado fumante, ainda por cima, chegar em casa na hora H, e puder me aliviar daquela tremenda pressão e medo de cagar em cima da Bike."(...).
O primeiro fragmento relatando a demissão retrata a triste realidade pelo qual passam tantas e tantas pessoas ,após uma eleição, surgindo a reivindicação: Que tal ajudar seu SAPIRANGA,renovando seu contrato, para que em breve possa se aposentar por idade?
No segundo fragmento, uma feijoada a noite teria sido realmente o motivo para o "desarranjo intestinal", pois segundo Freud, muitas doenças fisiológicas tem origem psicológicas, e o strees do desemprego alcança o terceiro lugar. O relato revela que Spiranga, naquele momento não estava bem, pois próximo a igreja de Santa Inês que até funciona bem, existe um posto médico, o que resolveria seus dois problemas: encontraria um banheiro e já sairia medicado sobre a provável infecção intestinal.
O terceiro fragmento contém a mais grave denúncia: a poluição ambiental, facilmente percebido quando a praia está seca, através do forte odor que desce pelo canal de Mendonça Júnior e claro vindo também das embarcações que com certeza brindaram nossos turistas de ontem.
O quarto fragmento relembra-mos o complexo tema segurança, cuja ausência do poder público em suas várias políticas sociais, permitem a explosão introcolável da violência, exigindo mudanças de prioridade em seu atendimento.
O quinto fragmento absolve duas denúncias: as micaretas que contribuem com poluição de nosso rio quando feito na orla, fora a poluição sonora; e o fumo, grande patrocinador do câncer, cujo hospital para seu combate, não será construído!
Quanto ao banheiro público,lembro-me de todos, incluindo aí o do mercado central, cuja lembrança não me é agradável,cujo fedor,não era abafado nem pela forte creolina usada. Logo, a sujeira passa a ser uma grande contribuidora de contaminações e propagação de doenças.
Portanto, a crônica que deve ser avaliada pelos nosso literários contribui para o elenco de medidas a serem adotadas. Sei,que meu Blog é parece a "Voz do Brasil", que quase ninguém escuta, haja vista poucos comentários e seguidores existentes.
Bom NINA, tudo que é construído é cultura!!! Infelizmente.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tragédia no RJ: culpa de quem?

"O mundo está acabando!";
"Deus nos salvou!".
São depoimentos registrados pelos repórteres da Globo. O primeiro foi sentenciado por um menino sobrevivente; o segundo, por um avô que viu, após 15 horas sob os escombros, filho e neto serem resgatados com vida.
Aqui no Amapá, no último dia 06, tivemos comovidas manifestações sobre a maior tragédia ocorrida nos rios da Amazônia, o naufrágio do barco Novo Amapá, cujas opiniões indicam ausência do Estado nos controles de embarque nas embarcações, permitindo superlotação, e divídas quanto a indenização das vitímas, completando-se longos trinta anos passados.
No entanto,apesar de grande nossa dor, incomparável se torna a tragédia desabada sobre a região serrana do Rio de Janeiro, que atingiu Teresópolis, Nova Friburgo e Petrepólis, e o inacreditável fato de que isso já ocorre há trinta anos, em mais uma lamentável confimarção, a ausência do poder público: na prevenção, na lentidão do socorro, onde destaca-se a humanidade dos moradores e manifestação quanto a providências resumida ao simples Ato de Calamidade Pública. Vítimas e vítimas, pois entre os corpos a serem reconhecidos, somam-se os desaparecidos!
Mas de quem é a culpa? Da Defesa Civil que se torna insignificante diante do progresso desenvolmentista, dos inúmeros rios que rasos, inclinados não suportam o deslocamento de tanta água da chuva? Ou de tanto água, projetada por causa de um planeta que agoniza por falta de sustentabilidade!
O homem está destruindo a natureza, e junto com ela também morremos! Não é natural tantas mortes precoces, inexplicáveis. E desse ponto de vista, temos que ser mais do que estadista, pois não se trata de preservar para as gerações futuras, mas sim de salvar nossas vidas!
E que Deus perdoe nosso egoísmo!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aos Militares da Reserva: LEI No 7.524, DE 17 DE JULHO DE 1986.

Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 7.524, DE 17 DE JULHO DE 1986.
Dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de pensamento e opinião políticos ou filosóficos.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art 1º Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público.
Parágrafo único. A faculdade assegurada neste artigo não se aplica aos assuntos de natureza militar de caráter sigiloso e independe de filiação político-partidária.
Art 2º O disposto nesta lei aplica-se ao militar agregado a que se refere a alínea b do § 1º do art. 150 da Constituição Federal.
Art 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art 4º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 17 de julho de 1986; 165º da Independência e 98º da República.
JOSÉ SARNEY
Henrique Saboia
Leônidas Pires Gonçalves
Octávio Júlio Moreira Lima
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 18.7.1986

Amigos do cargo? sim; seu não!

Facilmente constatado, infelizmente somente após seu afastamento da função, que você exercia!
Este lembrete deve sempre passear na triste lembrança de quem comanda.
Com dupla utilidade, aplica-se a você, que ao vê chegar ao cargo alguém que trilhava no seu roll de amigos, ao procurá-lo com o intuíto de somente parabenizá-lo, é recebido com frieza e desconfiança. Com certeza a tristeza o invade, e o sentimento que era de alegria, por vezes se tranforma em raiva, e os votos agora secretamente desejados são: "tomara que quebre a cara!".
Inestinguível, acercam-se da figura do novo patrão, os puxa-sacos, que tanto faz quem esteja lá, satisfazem a vaidade ainda recém- nascida, de quem apostou na própria ambição, chegou ao ápice e agora se regalia. É claro que não podemos generalizar,mas desde que o homem é homem quase todos, senão todos, carregam o desejo dos sete pecados capitais esculpidos em sua frágil alma. Neste clarão de lucidez, seria então recomendável lembrar a vitória de Jesus de Nazaré naqueles quarenta dias de jejum e as três tentações: transforma a pedra em pão, sinificando o "TER"; lança-te desta torre,relembrando o "PRAZER" e todos estes reinos serão teus se me adorares, concretizando o "PODER".
Espero que meus "amigos", que estão no poder saibam disso, pois muitos que ja estiveram aí, além da dignidade, até famílias perderam.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As rápidas mais atuais da Folha/Uol

As rápidas mais atuais da Folha/Uol
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imagePostado por: Raul Rodrigues
Autoria: uol 11/01/2011 06:44:00
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Notícias foguetes dão conta do clima em Brasília entre os políticos e a política

Segundo round

Kit contra a homofobia em gestação no Ministério da Educação está mobilizando lideranças evangélicas que, passados dez dias da posse de Dilma Rousseff, agem nos bastidores para barrar o envio do material às escolas do ensino médio. Integra o pacote, que será finalizado este ano, vídeo intitulado "Encontrando Bianca", sobre um adolescente homossexual.
O grupo evangélico que encabeça a reação afirma que desempenhou papel decisivo na eleição de Dilma e agora cobra nova fatura. Na reta final da disputa presidencial, eles pressionaram a petista a assumir compromisso de que não formularia políticas públicas sobre temas como casamento gay e aborto.


Propósito
O Ministério afirma que o kit tem caráter didático e o objetivo de assegurar os direitos humanos de todas as pessoas no ambiente escolar. Além disso, diz que combater a homofobia é atribuição da pasta.

Curto circuito
Cid Gomes (CE) e Eduardo Campos (PE) fecharam acordo informal segundo o qual o primeiro indicaria o secretário executivo da Integração Nacional, e o segundo, de Portos, os dois ministérios do PSB. Agora, o grupo de Cid acusa Campos de atropelar o pacto, com a nomeação de Alexandre Navarro na subchefia da Integração. O clima pesou.

Passarinho
Dilma usou cerca de duas horas de seu domingo para fazer a sua foto oficial, que irá daqui em diante para as paredes das repartições públicas. A sessão de fotos ocorreu no Palácio da Alvorada, cenário da imagem oficial de Lula.

#psdbfeelings
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), usou ontem o Twitter para se defender das críticas de aliados sobre sua viagem para a Disney no início do governo Dilma. "Quem me conhece sabe a dedicação e o tempo que eu empenho para o desenvolvimento do PSDB. Estou usando 15 dias do meu recesso parlamentar para ficar com a família."

Encarnado
Até a noite de ontem, quem tentava acessar o site pessoal do ex-governador Alberto Goldman (www.albertogoldman.com.br) era automaticamente direcionado para a página oficial do governo paulista, com a foto e a biografia do novo titular do Bandeirantes, Geraldo Alckmin.

Remendo
O site da Câmara destacava ontem que tramitam na Casa dois projetos para impedir que suplentes assumam o "mandato de verão" na vaga dos que optaram pelo Executivo. Autor de uma delas, Flávio Dino (PC do B-MA) disse ao site considerar "desnecessária e inútil" a regra de dar aos suplentes o mandato de um mês -e em plenas férias legislativas.

Alô deputado
Além do roteiro de viagens para pedir votos nos Estados, o petista Marco Maia (RS), candidato à Presidência da Câmara na eleição do dia 1º, começou a telefonar para os 218 deputados novatos.

SAC
Assíduo no Twitter, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) recebeu o seguinte apelo ontem: "Meu BlackBerry está com problema na tela e eles não atendem minha reclamação. HELP!" Resposta: "Sinto, não é comigo!"

Defesa
Após o Ministério Público pedir ao Supremo a inclusão no processo do mensalão da denúncia contra Roberto Jefferson relativa ao caso Maurício Marinho -seu indicado para a diretoria dos Correios, que foi filmado recebendo propina-, o advogado Luiz Francisco Barbosa pediu que fosse anexada a resposta do petebista, que argumenta não ser crime fazer indicação partidária.



tiroteio

"A Anac alardeou que esperava uma média de atrasos e cancelamentos nos níveis de 2009. É a "política Tiririca": "Pior do que tá num fica". Mas nem isso deu certo."

DO DEPUTADO FEDERAL LUIZ PAULO VELLOZO LUCAS (PSDB-ES), presidente do Instituto Teotonio Vilela, sobre os atrasos registrados nos aeroportos do país.

contraponto

Na escuta

O líder da bancada do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), anunciou no Twitter que começará a escrever no microblog sem a ajuda da assessoria:
- Treinando ainda. Como canta Martinho [da Vila]: "Devagar... devagarinho."
Ao responder à saudação de Eduardo Cunha (RJ), ponderou que seria bom avisar o "nosso governo".
Cunha brincou:
- O nosso governo vai saber rapidinho e ainda vai poder economizar muita fita (leia-se: grampo)!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SONETOS DE MINHA INFÂNCIA! (I): A Banca de Revista.

O domingo sempre foi especial para mim:
missa dominical às seis e meia da manhã;
na garupa ou no varão da velha "merck suich"
O grande mercado central,precioso destino, enfim...

Mas precisava de corte
e nosso velho pai em sorte
decidindo por quem devia ir
poucas vezes apontava para mim

Engolindo o choro
restava por fim esperar
e qual revista em qaudrinho
para mim poderia sobrar

Fim de mês: pagamento!
a sorte beneficiava os dois
na banca de revista: o calvário outra vez...

O que escolher? Mandrake, Zorro,Tarzan?
Não sei..., só sei que escutando Munhoz no sábado,
moendo café..., no domingo, tudo começava outra vez!

OBS:
Meu soneto não é inglês,
nem tão pouco italiano.
Aproxima-se do estrambótico,
esperando que se torne BRASILEIRO!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sócrates: "só sei que nada sei!"

Repassado às nossas gerações por seu aprendiz Platão, pois o grande mestre nada deixou escrito, o pensamento transmite um misto hipotético de: "cansei" ou então "não quero nem saber!".
A Revista Nova Escola, 179,jan-fev05 traz mais dois pensamentos atribuídos ao douto-filosófo:
- "O princípio dos raciocínios é constituído pela essência das coisas";
- "É sábio o homem que pôs em si tudo que leva à felicidade ou dela se aproxima".
No 1° programa global "Esquenta" comandada por Regina Casé nas tardes de domingo, tivemos como entrevistado um ilustre personagem de nossa história,Lula, nosso ex-presidente, que ao ser perguntado sobre que iria fazer respondeu: "ainda não sei o que vou fazer!". A resposta contraria todo empenho dispensado por Lula para eleger a atual Presidenta do Brasil, pois empregando o pensamento sobre o 'principio dos racicínios a essência constituída das coisas', se concretizam na pessoa de Lula e seu sucesso na arte de governar, ao que parece já ter sido esquecido. Esqueceu também, que o povo brasileiro que lhe concedeu mais de 90% de aceitaçao, viu sua sabedoria e que através dele o povo se aproximou novamente da felicidade. No fim, agora a resposta: "eu ainda não sei o que fazer", sincera, curta e sem máscara, o que poderia ser remediado se respondesse: "vou ajudar Dílma, o meu partido a governar!"
Provavelmente, a inusitada rsposta proporcionou incômodo ao Sr. Wagner Gomes, presidente da CTB que em seu artigo "DESENVOLVIMENTO,GOVERNO DILMA E O PAPEL DA CLASSE TRABALHADORA", assim se manifestou: "(...)Desde de já a palavra de ordem deve ser MOBILIZAÇÃO.(...)", (...)É preciso, portanto, que daqui por diante todo o movimento sindical organizado represente os interesses populares baseado nesses anseios. Iremos a rua para defender o novo governo...(...),(...) A classe trabalhadora não fugirá de suas responsabilidades(...).
A resposta de Lula não se aproximou do eternizado pensamento socrático?
Ápice do movimento sindical, sua reposta não foi decepcionante aos sidicalistas contemporâneos?
Indiscutívelmente, mesmo repetitiva a resposta ideal, seria: "a luta continua", ou então: "vamos a luta companheiros e companheiras"!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Orgulho: virtude ou pecado?

Erroneamente, por vezes, ouvi alguém falar: "Eu não preciso fazer isso; só o faço para satisfazer meu ego!"
Estudando psicologia no meu 1º semesdtre da Estácio/Famap do Curso de Direito, pude perceber o equívoco do referido adágio popular, pois para a referida Ciência, o que deveria ser dito é: "para satisfazer minha 'Id'".
O EGO é então o equilíbrio, o caminho correto a ser seguido; paralelos a isso estão o Superego e a Id, como se fossem dois anjinhos, um do bem, outro do mal, onde o primeiro funciona como um freio e o segundo com uma liberalidade geral, onde tudo é permitido, cujos comportamentos conduzem até à libertinagem.
No estudo da disciplina, Introdução ao Estudo do Direito, conhecemos a Teoria dos Círculos onde a palavra Moral contribui para a construção de legislação dogmática hoje por nós conhecida, sendo que a mesma só pode ser inserida em nosso comportamento, através de uma religião.
Neste mês, comletarei um ano que escrevo neste BLOG. Por vezes, pensei em desistir, pois pensava que ninguém o lia, pois ao contrário dos blogs mais acessados, o meu conseguiu apenas um comentário quando postei a Resenha sobre "Mauá, o Imperador e o Rei". Mas hoje, ao abrí-lo, uma "avalanche" de orgulho invadiu minha alma, pois entre meus seguidores, apareceu, nada mais, nada menos, do que Paulo de Tarso, autor do Benzedor de Espingarda, cujo fragmento conheci como leitura recomendada para o vestibular. Não sei se ria; não sei se chorava, tanta foi a alegria por ser fã de suas obras. Percebi que estava ficando descontrolado, me controlei e resolvi manifestar profudamente minha admiração ao ilutre visitante por seu dom literário que tanto tem nos servido!
Quanto ao orgulho, se virtude ou pecado, fica no primeiro quadro quem reconhece que seu dom vem de Deus e dela faz um serviço para todos; e no segundo, aqueles que se esquecendo disso, ao assumirem até mesmo um cargozinho, excluem amigos, desligam telefone, arrebitam o nariz, não dão bom dia para ninguém, ficam com o "rei na barriga" e não conhecem ditados populares como: "tudo que sobe,desce"; "quanto mais alto o voo, maior o tombo" e "quer conhecer o vilão, dei-lhe o bastão"..., portanto, como disse Jesus: "Quem tem ouvidos, ouça!".
Obrigado, Paulo, por sua valiossíssima presença, que me reanimou para a expressão do pensamento!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

LÊNIN: A TEORIA E A PRÁTICA.

"A TEORIA SEM A PRÁTICA DE NADA VALE, A PRÁTICA SEM A TEORIA É CEGA", (publicado na contra-capa da Revista Visão Classista, nº 4 - Dezembro DE 2010 da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
De autoria do pensador teórico VLADIMIR ILITCH LÊNIN, a referida conclusão deveria ser religiosamente observada pelos governantes que indecisos ou não, montam sua equipe de governo, principalmente pelos partidos estaturiamente socialistas, sob pena de condução ao fracasso. Aparentemente não é difícil a interpretação de tal pensamento ao contrário de outro mostrado no capítulo da novela de ontem da Rede Globo que disse: "a experiência ilumina o passado!". Este pensamento possibilita dúbia interpretação dependendo se olhado de nossa experiência pessoal ou se da experiência vivida por terceiros. Deste ponto de vista, o 1º critério a ser ainda observado pelos mandatários de cargos públicos, seria o da experiência, o que na realidade fica no esquecimento,cabendo o cumprimento de compromissos assumidos em campanha, as pretensões políticas futuras e até amizades de reuniões etílicas para concessões de ocupações no serviço público. O Amapá vive um de seus piores momentos em consequência da irresponsabilidade com a coisa pública.Por isso arriscar mais experiências imaturas, dando cargo a quem ainda vai aprender, compromete o suado dinheirinho do nosso contribuinte. Lamentavelmente, é impossível o conhecimento por parte do mandatário maior de todos que ingressam em seu quadro de confiança, restando-lhe desta forma, confiar em seus assessores, de todos os escalões de governo. Com isso, quem fez campanha em seu favor, fica de fora e outros que fizeram oposições se beneficiam de novo. E isso acontece próximo e lá para os campos do Amapá.Portanto, sensatez, sabedoria e auto-confiança deverão ser ingredientes indispensáveis para tal composição. E como dizem lá pro norte: "e que DEUS abençoe o AMAPÁ"!!! E QUE VENHA A "VERDADEIRA MUDANÇA!!!".

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Homenagem póstuma: AMELIA DO CARMO,vitíma no Barco Novo Amapá!

A tragedia daquele 06 de janeiro de 1981, continua cada vez mais forte em nossas memórias, apesar do tempo passado.
Salvo na história, por narração e fotos, o fato foi muito bem registrado no livro intitulado "Morte nas águas" de autoria de João Alberto Rodrigues Capiberibe, até então na época,um ilustre líder político desconhecido. Associo a esta homenagem póstuma feita a minha tia Amélia, que faleceu juntamente com seu marido, uma filha e uma neta, a lembranças de tantas outras pessoas falecidas, cujo número exato de embarcados e desaparecidos não se pode apontar.
Mesmo editado com maestria e competência, o livro não consegue repassar na íntegra três sentimentos: a dor de amigos e parentes ,o odor dos corpos em decomposição, centenas e a saudade da separação.
A NOTÍCIA DO NAUFRÁGIO:
Na noite de 4ª feira, dia 08, tio ZECA, chegou em casa e comunicou a meu pai sobre o acidente, em cujO barco minha tia tinha viajado para o JARI, mais que ainda não tinha notícias dela.Começava assim uma longa espera ansiosa na esperança de que houvessem sobrevivido.
A OPERAÇÃO EM SANTANA PARA DESEMBARQUE DOS CORPOS:
Sob o Comando do Cel Rocha Lima, todo o efetivo disponível da Polícia Militar foi deslocado na 5ª feira dia 09, para o PORTO DE SANTANA, cuja missão era auxiliar no desembarque de sobreviventes e dos corpos resgatados. Por volta de 10h, chegava o primeiro barco com sobreviventes e o corpo do piloto do barco. Entre os sobrevivente encontrava-se um vizinho meu, de nome ALMIR, ex-PM, conhecido por canhoto. O momento foi marcado por choro comovente entre sobreviventes e familiares e até sorrisos nervosos pelo reencontro.
Foram encomendados centenas de caixões com o objetivo de despositarmos os corpos que chegassem, mas que foram substituídas por enormes caixas de compensado que receberiam dezenas de corpos, após conhecimento da gravidade do sinistro. A tarde correu sem novidades.
A previsão da chegada da balsa com os corpos foi marcada para 00:00, cabendo-me a missão de orientar os caminhões para estacionarem embaixo do quindaste que iria retirar as caixas da balsa para os mesmos.
PERNOTE EM SANTANA:
Adiada a chegada das balsas para as 06:00 do dia 10, fomos alojados no galpão aonde se encontravam os caixões, que seviram até como cama pelos mais atrevidos. Escalados sentinelas e rondantes tentamos dormir um pouco, cujo cochilo foi interrompido por um forte e tétrico grito de um companheiro que levantava seu corpo, ereto, sem apoiasse em nada para faze-lo.Imobilizado, foi conduzido ao Pronto Socorro, cuja missão marcou sua vida a atuação policial militar,psicologicamente.
Exatamente,ás 06;00 da manhã, despontava a figura triste de uma balsa que em sua lentidão, permitia a D.JOSÉ MARITANO, nosso bispo da época, as mais puras orações, enquanto aguardava com olhar triste a sua chegada. Na balsa, companheiros do Corpo de Bombeiro, enchiam as caixas de compensados que eram levantadas pelos guindastes e depositadas nos caminhões. O forte odor obrigou-nos a colocar no nariz algodão embebido em alcool para diminuir o odor que mesmo assim invadia tudo e entranhava em nossas fardas, que depois da operação, foram queimadas. Na tentativa, de preservar os corpos, formol foi utilizado pela equipe de resgate,comandada pelo SGT BIANOR do Exército, dando impressão de que estavam carbonizados.Minha missão foi interrompida pelo chamado do Cel Rocha Lima que disse: " Cabo, compre dez garrafas de Pitú!" Surpreso,perguntei: "Cachaça?". Ao ao que ele respondeu: Sim, em acelerado, é para os nossos bombeiros, senão eles não vão conseguir continuar embarcando os corpos!". E assim fiz: comprei e repassei aos nossos bombeiros. Durante o dia todo, continuei naquele posto controlando o estacionamento dos caminhõess fúnebres abarrotados de nossos desconhecidos naufrágos.
Em cada caminhão, na correceria estava um PM embarcado. Um desses caminhões, ao fazer a curva que dá acesso ao cemitério, deixou uma caixa cair derramando vários corpos de crianças, fazendo com que o PM, Sd LEAL,conhecido por Baldarati,sózinho, os colocassede de volta ás caixas, sem nenhum acessório de segurança.
No CEMITÉIRO:
No dia 11, fui escalado para o policiamento no interior do cemitério, e pude constatar as valas que foram abertas para os sepultamentos. A tropa do Exército, equipadas com máscaras de oxigênio. A PM, desprotegida de qualquer equipamento.
Num certo momento, o "girico" ao retirar uma caixa, ao dar a ré, a mesma caiu,fazendo com a multidão fosse para cima na tentativa de reconhecer algum conhecido, mais não aguentando o odor, recuou. Então, pude ver entre os vários corpos,o do SGT FRANKLIN, recém formado na PM do Ceará que havido casado com uma menina de lá, e que viajará, para apresentar a esposa aos pais em Laranjal.Faleceram.
HERÓIS:
Viajava, o Sd MAGALHÃES, que servia em Laranjal do Jari. Conhecedor da região, nadou para a margem que estava próxima. Juntamente com outros sobreviventes, fizeram um buraco no casco do barco e retiraram passageiros que viajavam no porão do navio e através de uma corrente e cordas amarradas a margem, os salvaram. Cabo Magalhães, somente recentemente foi reconhecido herói e promovido a Cabo, pós mortem.
SAUDADE E JUSTIÇA:
A dor da saudade dói. Porém, dói mais ainda, a dor da Injustiça. Não sei como terminou o Processo de Indenização das vítimas.
Por isso,um recado ao Senador RANDOLFH: não visite só a Capitania, a Marinha. Veja como terminou o Processo, haja vista que o Brasil não nos socorreu naquela tragédia.
Muito teria a escrever: a presença de Ten Hugo (hoje Coronel RR) no local; o depoimento do Sd Santos, sobrevivente, mais que perdeu a esposa; a perda dos pais do Sd FAGONDES, que muito o afetou psicologicamente... e a muitas famílias!
A minha tia, AMÉLIA DO CARMO, saudades eternas!!!