sábado, 30 de janeiro de 2010

Saudade

A Lua tão linda de hoje combina profundamente com o tema dedicado a este dia: s a u d a d e!
Meu neto, Marco Antonio, de dois aninho apenas, acostumado a vê-la sempre em quarto crescente não a reconheceu, insistindo em procurá-la girando a cabeça para cima. Insisti apontando novamente a lua que despontava majestosa como que saindo das águas de nosso querido Rio Amazonas! Mas ele não entendeu que ela estava numa nova fase. Quantas saudades de nossa infância, que vivendo inocente ternura víamos crianças, cantando, brincando de rodas, numa fraternal acolhida, que hoje não se vê mais. Saudade do amor, principalmente o materno, que hoje num adeus de loucura, deixam filhos gerados em caixa de papelão ou um saco de lixo, feito filhos do fel. Viver a vida? Sem compromisso, sem amor? Disso sinto saudade. Mas quando testemunhamos solidariedade pelo povo do Haiti, onde perdemos nossa querida irmã Zilda Arns, percebemos que nem tudo está perdido. Então penso que precisamos ser como a lua: as vezes crescente, outras decrescente; cheia ou nova, mas sempre lua. Por isso precisamos continuar firmes, repassando a nossos filhos e netos que o amor existe, e como a lua que nem sempre é reconhecida, desempenhamos um papel de manter a vida viva e ergue-la como um troféu!