quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mãe de Todos




Chora cidade acanhada
Cravada no meio do mundo
Acorda de alma lavada
Desperta do sono profundo

Tu pagas por nossos pecados
Madre bondosa e infeliz
Tão frágil e tão nova, me diz
Que fazem de ti teus rebentos

Exaltam em lindos poemas
Musicam o que há de mais belo
Mas calam em razões obscuras
Saqueiam teu brilho singelo

Tu choras e todos também
Sozinhos no canto do quarto
Estendidos no chão do asfalto
Implorando ajuda de alguém

Mas nisso até Deus se comove
E chora qual pobre mortal
E reza pra nós, tucujus
Cuidarmos do lar maternal




Do blog AMApáZÔNIA de Graciliano Galdino A. dos Santos às Domingo, Maio 08, 2011
Acesso: http://amapazonia.blogspot.com/,em 19/07/2011.

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