terça-feira, 28 de junho de 2011

SENADOR RANDOLFE: UMA MENTE FERTILIZADA!

Parece que virou moda o Amapá virar chacota de certas pessoas que pensam saber escrever e acabam ofendendo um Poder como o Senado Federal, a honra de um seus membros e o orgulho de um povo. Ao atacar nosso Senador, fiquei curioso sobre "minhocas na cabeça" e resolvi recorrer a rede social, cujo resultado da pesquisa serve para orientar melhor o colunista da VEJA,
Na Antiguidade, por volta de 384 - 322 a.C , Aristóteles já considerava as minhocas como os "intestinos da terra". Aos egípicios coube as primeiras referências, atribuindo poderes divinos aos bilhões de minhocas encontradas nas férteis margens do rio Nilo e protegendo-as por leis. No século XIX a influência das minhocas na fertilidade dos solos foi constatada por sábios, pesquisadores e naturalistas europeus como o inglês Charles Darwin, "Pai" da Teoria da Evolução das Espécies, que após dedicar muitos anos de estudos e pesquisas sobre a estrutura, a alimentação e vida das minhocas, foi o primeiro a demonstrar as funções que as minhocas desempenham na natureza, em 1881.
Utilidades
Dentre as muitas utilidades a que as minhocas se prestam, consta sua utilização no preparo de medicamentos contra asma, bronquite, impotência, doenças de pele, reumatismo, etc. Nelas, encontram-se substâncias como a tirosina e a lumbrofoebrina, ambas de efeitos medicinais, sendo a última anti-hipertensiva. Por possuir elevado teor de proteínas (76%), a minhoca é largamente empregada na alimentação animal e na humana. Ingrediente da culinária internacional é também utilizada na dieta dos astronautas. São largamente aproveitadas para a eliminação de resíduos industriais e lodo urbano, bem como na decomposição dos resíduos orgânicos, provenientes da coleta de lixo e conseqüente produção do vermicomposto.
No entanto é importantíssimo seu aproveitamento no campo da agricultura com grande influência no aumento da fertilidade do solo e, conseqüentemente, na produtividade agrícola, devido principalmente à sua capacidade de transformar o nitrogênio na forma assimilável para as plantas.
Quem são as minhocas
As minhocas são verdadeiras "micro-usinas" biológicas de transformação. Transforma detritos vegetais e animais, com os quais se alimenta, em húmus da melhor qualidade.
Seus dejetos multiplicam por 5 o número de microorganismo do solo, aumentam de 3 a 11 vezes a quantidade de fósforo assimilável e de potássio e magnésio trocáveis, de 5 a 10 vezes o valor de nitratos e em 30% o de calcário, elevando o Ph do solo. As minhocas são vermes anelídeos (corpos segmentados em anéis), classificadas entre as 3.100 espécies da classe Oligochaeta. Não possuem olhos, ouvidos e sequer nariz. Numa ponta, a boca; na outra, o aparelho excretor. A anatomia externa aparentemente simples das minhocas esconde órgãos e funções sofisticadas. Possuem trato digestivo adaptado a materiais orgânicos em decomposição, principalmente de origem vegetal. No seu sistema circulatório, vasos dilatados e contráteis fazem o papel de vários corações. O sistema nervoso, ligado a células sensoriais, permite à minhoca pronta reação à luz, tato e sensibilidade para a seleção de alimentos e escolha do parceiro para o acasalamento, além da percepção de pequenas vibrações no terreno. As minhocas são hermafroditas, ou seja, carregam cada uma, os dois sexos. Mas precisam de um parceiro para se fecundarem. Acasalam-se normalmente à noite, por um período de duas a três horas, principalmente no tempo quente e úmido. Elas se juntam, ventre a ventre, em direções opostas. Após o ato, as minhocas se separam. A fecundação é recíproca e cruzada.
A Minhoca na Agricultura
As características fisico-químicas e biológicas de um solo influenciam grandemente a qualidade final dos produtos alimentares provenientes da agricultura, pois as culturas agrícolas só poderão produzir em quantidade e qualidade se, além de condições climatéricas favoráveis, tiverem à sua disposição durante o período de crescimento, os vários nutrientes e fauna edáfica (minhocas, insectos,...) nas proporções adequadas, o que implica, em muitos casos, o recurso a fertilizantes químicos para aumentar a fertilidade do solo. A lentidão de formação de húmus natural para restabelecer a fertilidade de um solo, o elevado custo dos fertilizantes químicos e a contaminação consequente das águas e solo, têm conduzido à procura de outros fertilizantes produzidos biologicamente. Uma das opções de melhoria da qualidade do solo passa pela aplicação, na terra, ou directamente junto às plantas, do húmus produzido pelas minhocas ou vermicomposto. A minhoca ingere terra e matéria orgânica equivalente ao seu próprio peso e digere e expele cerca de 60% do que comeu sob a forma de excrementos (húmus), em muito menos tempo que a natureza. A minhoca recicla assim restos de comida e outra matéria orgânica, produzindo um adubo orgânico muito rico em flora bacteriana (cerca de 2000 milhares de bactérias vivas e activas, por cada grama de húmus produzido) e devolvendo à terra cinco vezes e meia mais azoto, duas vezes mais cálcio, duas vezes e meia mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze vezes mais potássio do que contém o solo do qual se alimenta. A importância das minhocas para a fertilização e recuperação dos solos já era reconhecida pelo filósofo Aristóteles, que definia estes seres como "arados da terra", graças à sua capacidade de escavar os terrenos mais duros. Os antigos egípcios atribuíam poderes divinos às minhocas, protegendo-as por lei. A grande fertilidade do solo do vale do Nilo deve-se não só à matéria orgânica depositada pelas enchentes do rio Nilo, como também à sua humificação pelas minhocas que ali proliferam em enormes quantidades. Animal extremamente útil para a agricultura e que passa quase todo o seu ciclo de vida debaixo da terra, a minhoca melhora as propriedades fisicas, químicas e biológicas do solo: perfura-o, formando galerias subterrâneas e descompacta-o. Algumas das vantagens da utilização do húmus de minhoca como adubo natural incluem:
• não agressivo para o ambiente e fonte de nutrientes para as plantas, especialmente de azoto, fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
• Controlo da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês.
• Contribuição para um pH mais favorável ao desenvolvimento das plantas.
•Redução da lixiviação e volatilização dos nutrientes das plantas.
• Entrada de água e ar facilitada.
• Drenagem controlada, evitando encharcamentos.
• Alteração da estrutura do solo, suavizando efeitos de erosão, compactação, impermeabilização e desertificação.
• Promoção da agregação de solos arenosos.
•População microbiana fixadora de azoto abundante.
• Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças.
• Absorção favorecida dos nutrientes pelas raízes das plantas.
• Aplicação possível em contacto directo com raízes, não queimando plantas novas.
A vermicompostagem, isto é, a compostagem realizada quase exclusivamente por minhocas, surge como opção simples de reciclar os restos de resíduos alimentares (cascas, gomos,...) e de obter húmus com excelentes propriedades. Poupam-se recursos, preserva-se o ambiente, evita-se o uso desmesurado de fertilizantes sintéticos e aproveita-se para conhecer melhor este ser vivo.
Para além da produção de húmus, as minhocas podem também ser usadas como isco para a pesca e para produzir farinha, dado o seu elevado teor de proteínas (78%). Além disso, têm uso na medicina, pela sua grande capacidade de cicatrização e regeneração dos tecidos e também na farmacologia, no tratamento de bronquite, asma e hipertensão.
O comércio de minhocas como isco vivo tem sido o grande responsável pelo desenvolvimento da minhocultura (criação de minhocas) na maioria dos países criadores.

Acesso: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080730051449AA6RxGT, em 28/06/2011.

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