segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Assentamentos no Amapá: sucesso ou blefe?


Passagem para assentamento Dra. Amécia, às margens direita do Rio Matapi!


"O uso inadequado e inconseqüente dos recursos ambientais ameaça a vida humana. Cabe a nós unirmos esforços no sentido de encontrar soluções que contemplem a questão da compatibilidade da produção capitalista com a preservação ao meio ambiente. Como explica Luiz Honorato, em seu artigo Crescimento Econômico versus Preservação Ambiental:
'A teoria econômica nos ensina que existem duas maneiras efetivas de se expandir a fronteira de possibilidade de produção, a saber: incremento no uso dos fatores de produção e o avanço tecnológico. A primeira, tem uma conseqüência clara e imediata nos recursos ambientais. Incremento nos insumos significaria, em primeira análise, maior atividade exploratória e maior susceptibilidade de degradação ambiental. A outra alternativa,sugere não somente a descoberta de novas tecnologias, mas também e,principalmente, a sua viabilidade econômica para substituição da primeira'"

Este belíssimo fragmento encontrado no Relatório sobre Desmatamento feito pela SEMA referente a 2007/2008, disponível http://pt.scribd.com/doc/52501657/13/Desmatamento-por-Projetos-de-Assentamentos, retrata uma triste realidade: estamos perdendo a guerra contra a preservação!
Além da devastação, a falta de assessoramento técnico permanente e o difícil acesso, levam a falência, onde assentados acabam vendendo o investimento feito pelo Governo Federal e Estadual, para pessoas abastadas, incluindo-se aí políticos com mandatos eletivos, cujo preço fica muito abaixo do que foi gasto com casas em alvenarias, compras de "batelão com rabetas" e outros investimentos inclusos nos Projetos de Assentamentos.
Ou seja, mais uma vez o dinheiro do contribuinte, é empregado de forma errada, cujo beneficiado maior foi aquele que distribuiu as terras e conseguiu se eleger, cujo pensamento do assentado que ainda subsiste no local é: "é bom para tomar cachaça!"
Conclusão: tudo tem que ser revisto, pois o desmatamento aumenta e a produção não vem! E tem que ser pra ontem, senão deixaremos de ser o Estado mais preservado do Brasil!

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