Rentilha o correntar:
no rítmo das ondas, das pernas a coçar:
na saudade a embalar às milhas naufragadas,
da pátria onde não mais voltará!
Dói a perna...
Dói a fome...
Dói a humilhação...
pela dignidade perdida, a liberdade ferida!
Navegar é preciso, sobreviver mais ainda!
Chegando em novas terras, novas danças lutarei,
Inspirando a capoeira, forte crescerei!
Farei rufar novos tambores...
couro de cobra, batucarei
no cantar do marabaixo, me alegarei!
E asim, daquele porão negreiro;
crescerei numa grande herança;
E o meu povo governarei!
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