(Como literatura de cordel):
"As casas de Macapá,
são feitas de bangolô;
mas elas só são feitas,
para morar doutor!"
Nos doutores aqui citados,
um me chama à razão;
Trata-se de Vovô Lauro,
pai adotivo de minha mãe!
Morava na Mendonça Furtado,
casa em chalé, varanda e corrimão.
Vovó Lourdes a comandava,
tendo Dona Ana ao fogão!
De Lauro Sodré como era chamado,
Lembro de sua feição,
pois era bastante careca,
e não era magro não!
Este sim foi pioneiro!
pois justiça celére aqui não tinha não,
exigindo dos operadores do direito,
conhecimento, saúde e dedicação,
Assim a justiça aqui nascia,
recebendo sua grande contribuição.
Quando chegava minhas férias,
rumava para o tal bangalô,
tendo como passatempo predileto,
folhear revistas do vovô,
"Manchete", "Fatos e Fotos" e outras,
mostravam-me uma vida de valor;
Meus avós então se foram!
A enorme caixa dágua foi derrubada.
Dona Ana, a cozinheira, foi embora,
sendo a casa do Lavoura sua nova morada,
cuja cheiro de comida fervida deliciosa.
ficou,como feito por mãos de fada>
Cantadas em verso e prosa,
As tais casas são derrubadas.
E assim prossegue Macapá,
que não preserva a sua história!
pois quando o progresso chega,
vai apagando tudo de nossa memória.
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